Uma estratégia de transformação, para dar certo, exige pessoas comprometidas. Parece óbvio, mas não é. A experiência mostra que muitas empresas têm o ímpeto de provocar os gestores a buscarem novas ideias, porém quando chega o momento de dar continuidade ao processo, a coisa estagna. O que falta?
Existe valor na ideação, sem dúvida. Mas difícil mesmo é manter o engajamento ao longo de todo o ciclo de inovação. As lideranças devem saber, portanto, que é imprescindível garantir motivação e seriedade ao longo de toda a trajetória. Eu disse motivação e seriedade. Juntas. É nesse binômio que mora a chave do êxito para dar o impulso necessário aos times de trabalho. Afinal, quando falta motivação, ninguém se mexe; só que quando falta seriedade, o movimento é disperso.
Há diversos modelos para representar o fluxo da inovação. Seja qual for o modelo escolhido para aplicar no seu negócio, sempre haverá fases de divergência e convergência, de abertura e de fechamento, de ampliar possibilidades e de filtrar alternativas. É como abrir e fechar portas.
Comprometer-se de verdade é estar convicto, sim, da importância de ambos os atos. Inovar requer esse duplo exercício. Mas não podemos esquecer de que temos de passar pelas portas! Ninguém se satisfaz com o monótono vento que sopra quando se puxa e empurra o trinco repetidamente. Pode refrescar, é verdade, mas a sensação de liberdade e realização só vem quando saímos lá fora. Triunfantes. Vitoriosos.
O caminho todo pode ter quatro, cinco ou mais portas - de novo, depende do modelo escolhido. Saiba que haverá maior risco de desistir ou fraquejar nas passagens de uma para outra etapa. A estratégia deve considerar isso e contemplar as devidas contingências.
Assim, devemos assumir a responsabilidade pela continuidade. As transformações muitas vezes não chegam aos resultados pretendidos porque perdem fôlego. Desenvolva suas equipes para que tenham a coragem de ir em frente, sem se deter. Abrindo e fechando portas. E atravessando-as.
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