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Foto do escritorTainara Figueiredo

Unicórnios X Camelos: Para onde vamos?

Nos últimos anos vimos um mercado com grande liquidez de capital, muito dinheiro para investir em startups, empresas de tecnologia crescendo e profissionais de tecnologia escassos devido a grande quantidade de demanda. Com isso, passamos a conhecer o conceito de Startup Unicórnio e supervalorizar essas empresas que tem como característica serem avaliadas em mais de um bilhão de dólares antes de abrir seu capital em bolsas de valores.


O termo Unicórnio surgiu em 2013 e traz essa analogia de ser uma empresa rara e com uma característica excepcional: seu valuation. Essas empresas necessitam criar seus processos organizacionais visando a escalabilidade e os resultados, tendo como objetivo uma nova captação de investimento.


Aqui no Brasil encontramos um cenário favorável para o “boom de startups” onde a facilidade de criação de inovações tecnológicas com soluções, ecossistemas e plataformas que atendam os mais variados mercados, facilitou a proliferação de startups e oportunizou o crescimento delas em escala.


Algumas Startups Unicórnios brasileiras são: 99, Nubank, iFood, QuintoAndar e Loft.


Mudança no mercado traz outro ponto de vista


Mas com os atuais estímulos socioeconômicos que impactam o cenário de investimentos essa realidade dos últimos anos está mudando. É preciso levar em consideração que existe um contexto macro de mudanças como inflação em níveis altos, taxas de juros aumentando, uma guerra acontecendo e os reflexos da pandemia, então é compreensível que isso deixe a todos assustados. As muitas iniciativas de venture capital que vinham surgindo em um mercado cada vez mais pulsante como há pouco tempo, vem diminuindo devido à preocupação com o desfecho de todos esses contextos imprevisíveis.


Um levantamento da KPMG, mostra que os investimentos em venture capital no país nos primeiros três meses de 2022 caíram 42% na comparação com o quarto trimestre do ano passado.


Sendo assim, a lógica básica começa a mudar. O mercado começa a colocar o pé no freio e olhar também para as novas gerações que passam a optar por negócios baseados na sustentabilidade, mudando o script padrão de muitos empreendimentos.


O crescimento agressivo das startups já não funciona mais por si só e com isso cresce um mindset sustentável trazendo junto novos conceitos para esse mercado, como o das Startups Camelo.


Na contramão dos unicórnios, que visam o crescimento exponencial a todo custo, as Startups Camelo focam em sustentabilidade e em uma cultura forte. Elas têm o objetivo de equilibrar o crescimento e a rentabilidade de forma a se manterem por muito tempo no mercado e se adaptando às imprevisibilidades.


As características das Startups Camelos


O camelo é um animal resiliente, que compete com as adversidades ao longo do caminho, buscando a sobrevivência. Essas características devem refletir do mesmo modo nas empresas, onde além de sobreviverem durante uma crise, conseguem crescer em condições adversas.


Veja algumas características dessas empresas:


· Adaptam-se rapidamente às mudanças / redirecionamento do negócio conforme comportamento

· Orientado à estabilidade financeira

· Validação do produto e visão de longo prazo

· Crescimento mais orgânico, sem necessidade de aporte de terceiro

· Segurança e preservação da cultura

· Resilientes

· Capital apenas necessário


Bons exemplos de empresas camelo são Amazon, Zoom e Hotmart.



A moral da história é que não adianta mirar em um crescimento em escala se não se está valorizando uma jornada segura e consistente. A tendência é gastar de maneira mais sincronizada com a curva de crescimento e para isso é necessário ter uma estratégia muito bem desenhada e uma equipe alinhada com o propósito da empresa.


Entendemos que não existe certo ou errado com base nos objetivos de cada negócio, mas fizemos um pequeno comparativo com as características das empresas Camelo e Unicórnios:

Equilíbrio é a palavra-chave


Podemos concluir que o excesso de capital nos levou a momentos que não eram normais para tomadas de decisão da parte dos empreendedores, mas que é preciso manter o pé no chão e avaliar futuros cenários, mantendo o conceito da escalabilidade, mas dentro dessa nova ótica de sustentabilidade e resiliência.


Hoje conseguimos ver empresas mais maduras, com empreendedores mais organizados com seus objetivos e um custo de operação mais de acordo com as expectativas, principalmente quando se fala em profissionais de tecnologia.


Acreditamos que em um contexto de imprevisibilidade o mercado tenta ser mais retraído, mas na verdade o momento é de acelerar a inovação. Gostamos de dizer que “nunca o NÃO arriscar foi TÃO arriscado”. É preciso olhar para o que está acontecendo no mundo e projetar o futuro de forma sustentável.


Se você está com dificuldade de ter um planejamento estratégico voltado a sustentabilidade do negócio ou até mesmo dificuldade em inovar e alavancar a sua empresa, conte com a BetaHauss para te ajudar nesse processo. Queremos projetar o futuro sem olhar para métricas do passado e tornar sua empresa ainda mais competitiva.


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Assista nossa live com Guilherme Enck da Captable sobre o atual momento das startups.



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